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sexta-feira, 30 de julho de 2010

Existe vida sem babá

Desde que minha filha Amanda nasceu sempre contei com a ajuda de babás porque trabalho como advogada e precisava de alguém para tormar conta dela. Na verdade, costumo brincar , que já tive quase uma empresa ( babá, faxineira, folguista e etc).
Tem gente que pensa que a vida de uma mãe que tem uma boa infra-estrutura é fácil, mas não é, e explico porque:
  • Delegar uma função como cuidar do seu filho ( que é indelegável) é muito difícil;
  • Ter uma pessoa estranha dentro da sua casa é quase um big brother ;
  • Você e a babá , provavelmente, vivem de modo completamente diferente e o que é certo para uma , provavelmente, não é para outra ;
  • Por último, mas não menos importante, o fato de você ter uma babá não significa que você pode contar com ela: as babás furam, faltam , te deixam na mão sem menor cerimônia, mas e aí, o que fazer?
Esta sensação de que sou " refém" das babás já me incomoda há algum tempo e colminou com o fato da babá da minha filha pedir para sair porque recebeu uma proposta melhor ( detalhe : a proposta veio de uma moradora do meu bairro  e  elas se conheceram no lugar aonde ela levava a Amanda para brincar). Aceitei a saída dela numa boa e nem tentei cobrir a proposta  . O mais engraçado é que como ela trabalha no meu bairro vivo encontrando com ela. São encontros felizes ,porque fico eternamente grata a quem tomou conta da minha filha.
Com a saída dela, tive que pedir para a folguista substituí-la até eu encontrar alguém.( olha o preju!)
Sempre soube que esta seria uma escolha difícil , porque para você ter uma folguista você tem que fazer vista grossa com muita coisa, pois se ela só vai no fim de semana , então , pra que ficar chamando atenção dela à toa? 
Por outro lado, a pessoa fica cheia de vícios que no fim de semana não te incomodam tanto, mas no dia -a- dia já é outra estória...
Como ela é super de confiança e trabalha bem , resperei fundo e fui levando.
Paralelamente, decidi colocar a Amanda na escola ( decisão que rende um post a parte) e  diga-se de passagem foi a melhor decisão do ano!
A gente foi levando e eu, concomitante, procurando uma outra pessoa que dormisse .
Três meses depois encontrei uma menina que parecia ser ótima. Pois bem, com apenas nove dias de trabalho ela simplesmente não apareceu na segunda-feira ( detalhe ela já tinha se mudado de mala e cuia lá pra casa ) .
Liguei, liguei e nada...
Na quarta ela me ligou pedindo para buscar as coisas dela.Assim, sem a menor explicação ou consideração.
Confesso que quase perdi a fé no ser humano. Sim , porque uma coisa é pessoa demonstrar que está infeliz, outra coisa, é a pessoa se mudar para sua casa, agir como se estivesse tudo ótimo e do nada não aparecer. È surreal!!!!!
Este episódio, me fez perceber que a procura por uma babá estava tão desgastante que resolvi ficar sem, afinal , se a Amanda já está totalmente adaptada e feliz na escola, porque não ?
No começo foi muito dificíl conciliar tudo: casa, marido, trabalho, amigos . Fiquei uma pessoa chata e tensa por um período.Por mais de uma vez,sentei e chorei sem saber por onde começar, mas Deus dá as mães uma força extra . Com o tempo aprendi a me organizar, a tornar a minha casa mais prática.
Hoje, tenho a Santa Maria que me ajuda com a casa duas vezes por semana  e agora nem estou mais procurando ninguém.
Por mais cansativo que seja, é uma sensação de liberdade e independência que não dá nem para explicar. Aprendi a me virar com o tempo que a Amanda está na escola. È claro que , tenho dormido menos, tenho estado mais cansada, mais em compensação, tenho mais contato com a minha filha , não dependo mais de ninguém e isso não tem preço.

3 comentários:

  1. OLÁ TATI,

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  2. Amiga,
    Agora sou eu que estou nessa jornada.
    Ai, não é que mãe só muda de endereço?
    Estou no primeiro estágio e com uma equipe em estruturação depois de um quase-surto motivado pela exaustão.
    Muito obrigada pela dica de tomar cuidado com as mães da pracinha. rsrs
    Vou levar o Matheus pra passear sempre e isso é indelegável. kkkk...
    Beijos,
    Pri

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  3. Paulo: vou passar lá sim.
    Pri: estou louca para conhecer o Matheus :)
    bjão

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